quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Uma fábula de meu tempo

          - É, parece que as coisas estão se complicando!... – diz o piloto de um avião ao seu assistente.
          - E o que poderemos fazer? – responde o copiloto.
          - Nada, absolutamente nada! – volta a falar o piloto.
          Os dirigentes do avião chamam a aeromoça e lhe dão uma notícia não muito agradável: o avião passará por pequenas turbulências (por causa do tempo), mas em breve a viagem retornará ao seu normal... e a moça, com a sua fé restrita à sua posição profissional, vai até os passageiros e lhes dá a informação que recebeu; apenas pede para que apertem bem os seus respectivos cintos.
          Todos se dividem em duas posições distintas de modos de pensar: alguns (análogos à própria aeromoça!) ficam aliviados ao terem por certo que as coisas haverão de melhorar; outros (eternos escravos do pensamento negativo e iguais aos pilotos do avião) sabem que as probabilidades não são boas e confiam apenas nas racionalidades da ciência...
          Em questão de minutos, o avião cai no solo e todos os indivíduos que haviam dentro dele morrem: alguns de forma repentina e outros diante de grandes aflições em milésimos de segundos... cada um sofre (ou não!) de acordo com a sua posição.

          E em muitas ocasiões a vida se iguala a esta narrativa; e ninguém sabe se ela continua ou não, as hipóteses vão da “racionalidade” à “metafísica” e a estas questões não quero adentrar aqui... por que escrevi esta história (que foi formada através da narração de outrem...)? na verdade, foi apenas a vontade que me guiou; não existe nada, além do egocentrismo, nestas narrativas pós-modernas.

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